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A prática esportiva regular traz inúmeros benefícios à saúde, como melhoria do condicionamento físico, controle do peso, redução da ansiedade e até prevenção de doenças crônicas. No entanto, é preciso lembrar que o esporte também envolve riscos — e um dos mais frequentes são as lesões. Estiramentos musculares, entorses, fraturas por estresse e lesões ligamentares fazem parte da realidade de muitos atletas, desde os amadores até os profissionais.
Segundo uma revisão publicada no British Journal of Sports Medicine, apesar de todos os benefícios da atividade física, as lesões são praticamente o único efeito colateral negativo do exercício. Elas podem impactar não apenas o rendimento do atleta, mas também sua saúde física e emocional, exigindo tempo de recuperação, acompanhamento fisioterapêutico e, em casos mais graves, até cirurgias e afastamento prolongado.
As lesões esportivas não ocorrem por acaso. Elas têm causas bem estabelecidas, que envolvem tanto fatores físicos — como desequilíbrio muscular, técnica inadequada ou excesso de carga — quanto fatores psicológicos e comportamentais. Estudos mostram que altos níveis de estresse, dificuldades de recuperação e até mesmo um histórico de eventos negativos na vida pessoal aumentam significativamente o risco de lesões
A boa notícia é que muitas dessas lesões podem ser evitadas. Treinamentos específicos de força, exercícios de propriocepção (equilíbrio e controle motor), atenção à recuperação e até intervenções psicológicas são estratégias eficazes na prevenção. Em alguns casos, programas bem estruturados podem reduzir em até 68% a ocorrência de lesões musculoesqueléticas.
Se você é atleta, treinador, profissional da saúde ou simplesmente pratica atividade física no dia a dia, continue a leitura e aprenda como se proteger sem abrir mão do desempenho e do prazer em se exercitar.
Sumário
- Lesões mais comuns por esporte
- O que causa as lesões nos atletas?
- Como prevenir lesões em atletas?
- Programas de Aquecimento Reduzem Lesões em Crianças e Adolescentes? O Que Diz a Ciência
- Quando procurar ajuda profissional?
- Conclusão
- Precisa de ajuda para prevenir lesões ou voltar ao esporte com segurança?
Lesões mais comuns por esporte

Futebol de campo
No futebol profissional, as lesões ocorrem predominantemente nos membros inferiores. O esforço repetido, os contatos físicos e a alta exigência física explicam esse padrão.
- Estiramentos musculares na coxa (especialmente posteriores): são as lesões mais frequentes, causadas por arrancadas, chutes e sprints intensos.
- Entorses no tornozelo: ocorrem em ações de drible, aterrissagem após saltos ou quedas com torção.
- Ruptura de ligamentos do joelho (LCA): comum em mudanças bruscas de direção ou impactos diretos.
- Pubalgia (dor na região do púbis): relacionada a desequilíbrios musculares entre adutores e abdômen, frequente em meio-campistas
Voleibol
Modalidade com saltos frequentes e movimentos rápidos, o vôlei impõe grande carga sobre os joelhos e ombros.
- Tendinite patelar (joelho do saltador): inflamação do tendão abaixo da patela, causada pela sobrecarga em saltos e aterrissagens repetidas.
- Entorses de tornozelo: ocorrem ao pisar em falso ou ao cair sobre o pé de outro jogador durante o bloqueio.
- Síndrome do impacto no ombro: lesão por movimentos repetidos acima da cabeça, como nas cortadas e saques
Natação
Embora seja considerada uma modalidade de baixo impacto, a natação exige movimentos repetitivos de alta amplitude, especialmente nos ombros.
- Tendinite do manguito rotador: inflamação nos tendões do ombro por excesso de uso em nados como crawl e borboleta.
- Bursite subacromial: inflamação da bursa do ombro, também por movimentos repetidos acima da cabeça
Tênis
O tênis envolve gestos explosivos e repetitivos, com exigência de força e precisão nos membros superiores.
- Epicondilite lateral (cotovelo de tenista): causada por microtraumas no tendão do cotovelo em movimentos de backhand.
- Lesões de punho: especialmente em tenistas que utilizam empunhaduras rígidas ou raquetes mal ajustadas.
Basquete
Devido à combinação de velocidade, saltos e contato físico, o basquete apresenta risco elevado de lesões articulares.
- Entorses de tornozelo: muito comuns em saltos e aterrissagens instáveis.
- Lesões de joelho: especialmente nos ligamentos, devido a mudanças rápidas de direção.
- Contusões e traumas diretos: em joelhos e quadris, causados por colisões com outros atletas.
Corrida (atletismo)
Na corrida, o risco está mais associado ao uso excessivo e a impactos repetidos.
- Fraturas por estresse: acometem geralmente a tíbia e o metatarso.
- Fasciíte plantar: inflamação na sola do pé, causada por tração repetida da fáscia plantar durante a corrida
Beisebol
Apesar de ser um esporte com menor contato físico, o gesto técnico do arremesso impõe alto estresse sobre o ombro.
- Lesões do manguito rotador: causadas por sobrecarga repetida ao lançar a bola.
- Instabilidade no ombro: por microlesões acumuladas na articulação glenoumeral.
Essas lesões refletem os padrões biomecânicos de cada esporte e reforçam a importância de programas de prevenção adaptados a cada modalidade. A seguir, vamos entender melhor o que causa essas lesões e como é possível reduzir os riscos antes que elas aconteçam.
O que causa as lesões nos atletas?
As lesões esportivas não são resultado do acaso. Elas ocorrem pela combinação de múltiplos fatores que, somados, ultrapassam a capacidade do corpo de se adaptar e se recuperar. Com base nas evidências científicas, podemos classificar esses fatores como intrínsecos, extrínsecos, e psicossociais.
Intrínsecos: o que vem do próprio corpo
Esses fatores estão relacionados às características individuais do atleta, como:
- Histórico de lesões anteriores: uma articulação que já sofreu trauma pode ter instabilidade e maior risco de novas lesões.
- Desequilíbrios musculares e posturais: músculos mais fortes de um lado do corpo, ou desalinhamentos (como joelhos em “X”) podem sobrecarregar estruturas articulares.
- Falta de flexibilidade e mobilidade: limitações articulares impedem que o corpo absorva impactos de maneira eficiente
- Capacidade física inadequada: baixos níveis de resistência aeróbica, força e coordenação aumentam a chance de lesão em atividades intensas
Extrínsecos: o que vem de fora
São elementos externos à estrutura corporal do atleta, mas que influenciam diretamente no risco de lesões:
- Volume excessivo de treino e competições: treinar ou jogar demais sem tempo de recuperação leva ao desgaste físico e à fadiga muscular acumulada
- Técnica incorreta nos gestos esportivos: movimentos repetidos com erros biomecânicos (como aterrissar mal após um salto) impõem sobrecargas anormais a músculos, tendões e articulações.
- Uso de equipamentos inadequados: raquetes mal ajustadas, chuteiras gastas ou tênis impróprios podem gerar lesões por impacto ou rotação forçada
- Condições do ambiente: pisos escorregadios, iluminação ruim, clima extremo ou gramados irregulares também são causas importantes.
Fatores psicossociais: o que está na mente e nas emoções
Pouco discutidos fora do meio científico, os fatores emocionais e psicológicos têm papel crucial na origem de lesões:
- Altos níveis de estresse: estressores como pressão por resultados, medo de perder posição no time ou problemas pessoais aumentam o risco de lesão. Eles afetam a atenção, a tomada de decisão e até a resposta muscular durante o esporte
- Sono inadequado e recuperação insuficiente: a privação de descanso prejudica o reparo tecidual, o reflexo e o equilíbrio emocional.
- Atletas que ignoram sinais do corpo: a cultura do “jogar com dor” contribui para o agravamento de pequenas lesões, levando a afastamentos prolongados.
Em resumo, prevenir lesões não se resume a alongar e aquecer. Envolve uma avaliação contínua e integrada do corpo, da mente, do ambiente e do contexto em que o atleta está inserido.
Como prevenir lesões em atletas?

Prevenir lesões no esporte não se resume a alongar antes do treino. A ciência mostra que a prevenção exige estratégias combinadas, ajustadas às características de cada atleta e da modalidade praticada. A seguir, veja as ações mais eficazes segundo a literatura científica.
Fortalecimento muscular específico
O fortalecimento direcionado é um dos pilares mais importantes. O equilíbrio entre músculos agonistas e antagonistas evita sobrecargas articulares e protege tendões e ligamentos. Um exemplo clássico é o fortalecimento do músculo vasto medial oblíquo nos jogadores de futebol, fundamental para estabilizar a patela e evitar luxações
Além disso, programas com treinamento excêntrico (como no caso dos isquiotibiais) ajudam a prevenir estiramentos musculares recorrentes
Exercícios de propriocepção e controle motor
Treinamentos de equilíbrio e consciência corporal são altamente eficazes na prevenção de entorses de tornozelo e instabilidades articulares. Atuam diretamente no controle neuromuscular, melhorando a reação do corpo a estímulos inesperados, como mudanças de direção e aterrissagens.
Flexibilidade e mobilidade articular
A redução da flexibilidade limita o movimento e aumenta a rigidez, predispondo o corpo a lesões. Protocolos regulares de alongamento ajudam a manter a mobilidade e otimizar a mecânica dos gestos esportivos.
Monitoramento da carga e recuperação
O excesso de treinos e jogos sem recuperação adequada é uma das principais causas de lesões. Monitorar a carga semanal de treinos e oferecer intervalos para recuperação fisiológica e psicológica é essencial. O uso de ferramentas como o RESTQ-Sport pode ajudar a avaliar o nível de estresse e recuperação do atleta.
Intervenção precoce e ajustes personalizados
A atuação preventiva do fisioterapeuta envolve identificar padrões de movimento inadequados, desequilíbrios posturais e déficits biomecânicos, ajustando esses fatores antes que levem a lesões
Essa abordagem inclui:
- Avaliações regulares de força, flexibilidade e mobilidade;
- Reeducação de movimentos esportivos específicos;
- Recomendações de calçados, equipamentos e superfícies adequadas
Intervenções psicológicas e controle do estresse
Altos níveis de estresse emocional e pressão por desempenho aumentam o risco de lesões, ao afetarem o foco, a tomada de decisões e a resposta muscular. Programas de gerenciamento de estresse, como mindfulness, respiração consciente e técnicas de visualização, demonstraram reduzir significativamente a incidência de lesões em atletas de alto rendimento.
Prevenir é mais eficaz do que tratar. E no esporte, prevenção significa proteger o corpo, prolongar a carreira e preservar o prazer de competir. No próximo tópico, veremos quando procurar ajuda profissional e como a fisioterapia pode atuar desde os primeiros sinais de alerta.
Programas de Aquecimento Reduzem Lesões em Crianças e Adolescentes? O Que Diz a Ciência
A prática esportiva é fundamental para o desenvolvimento físico, motor e emocional de crianças e adolescentes. Mas, embora o esporte ofereça inúmeros benefícios, ele também pode trazer riscos — especialmente quando não há o preparo adequado para a atividade. Lesões musculoesqueléticas estão entre os problemas mais frequentes na população jovem que pratica esportes, com impacto significativo na saúde, na autoestima e no rendimento.
Pensando nisso, um grupo de pesquisadores liderado por Liyi Ding publicou uma importante revisão científica que analisou se programas de aquecimento estruturado — os chamados Warm-up Intervention Programs (WIP) — são eficazes para prevenir lesões em crianças e adolescentes que praticam esportes. Os resultados são bastante animadores.
Por que jovens atletas se lesionam?
Na infância e adolescência, o corpo está em constante transformação. Os ossos crescem mais rapidamente do que os músculos e tendões conseguem se adaptar, o que aumenta o risco de tração excessiva, dores, sobrecarga nas articulações e até lesões em placas de crescimento. Soma-se a isso a imaturidade neuromuscular, a fadiga, o excesso de treinos e, muitas vezes, a ausência de supervisão especializada.
O que são os programas de aquecimento preventivo?
Os WIP são protocolos de aquecimento dinâmico que combinam:
- Exercícios de equilíbrio;
- Ativação muscular progressiva;
- Coordenação motora;
- Agilidade;
- E, em alguns casos, elementos lúdicos para engajar crianças.
O objetivo vai além de “esquentar o corpo”. Esses programas visam preparar o sistema neuromuscular, melhorar a consciência corporal e promover estabilidade e controle motor — elementos-chave para evitar lesões.
Conclusões do estudo
A revisão de Ding et al. analisou dados de milhares de jovens atletas e concluiu que os WIP reduzem significativamente a incidência de lesões musculoesqueléticas em diferentes esportes — com destaque para:
- Futebol;
- Handebol;
- Atletismo escolar.
Os resultados mostraram que os atletas que participaram de programas de aquecimento estruturado tiveram menor taxa de lesão nos membros inferiores e superiores, com destaque para tornozelos, joelhos e ombros — áreas críticas durante a adolescênciaijerph-19-06336-v2.
O que faz esses programas funcionarem?
Os WIP são eficazes porque:
- Ativam o sistema neuromuscular antes da sobrecarga;
- Corrigem padrões de movimento;
- Melhoram o equilíbrio e a coordenação, reduzindo quedas e torções;
- Promovem atenção ao gesto esportivo, prevenindo erros técnicos;
- Reduzem a fadiga precoce, comum entre crianças não condicionadas.
Como aplicar na prática?
- Os WIP devem ser realizados antes de cada treino ou jogo, com duração de 10 a 15 minutos.
- A supervisão de um educador físico, fisioterapeuta ou treinador capacitado é essencial para garantir a execução correta.
- Escolas, clubes e projetos sociais podem adotar rotinas preventivas padronizadas e adaptadas à faixa etária.
- Pais e responsáveis devem incentivar e valorizar esse momento como parte essencial da prática esportiva.
Quando procurar ajuda profissional?
Reconhecer o momento certo para procurar ajuda especializada pode ser a diferença entre um incômodo passageiro e uma lesão grave que afasta o atleta por meses. Infelizmente, é comum que sinais importantes sejam ignorados — seja por falta de informação, receio de parecer “frágil” ou pela pressão para continuar competindo. Mas o corpo sempre dá sinais. E saber ouvi-lo é um ato de inteligência esportiva.
Sinais de alerta que não devem ser ignorados
Procure um fisioterapeuta ou médico do esporte se você apresentar:
- Dor persistente durante ou após o treino, mesmo que leve;
- Inchaço, calor ou vermelhidão em articulações ou músculos;
- Estalos articulares com dor ou sensação de instabilidade;
- Redução da força, amplitude de movimento ou rendimento físico sem explicação aparente;
- Sensação de dormência, formigamento ou perda de equilíbrio;
- Fadiga extrema sem recuperação adequada, mesmo após descanso.
Esses sinais podem indicar desde um estiramento leve até o início de uma lesão por sobrecarga, como tendinites, lesões ligamentares ou fraturas por estresse. Intervenções precoces ajudam a reverter o quadro com muito mais agilidade e menos impacto na rotina de treinos.
A importância da fisioterapia preventiva
A fisioterapia esportiva vai muito além do tratamento de lesões. Quando integrada à rotina do atleta, ela atua de forma preventiva, por meio de:
- Avaliações posturais e biomecânicas;
- Correção de padrões de movimento;
- Programas individualizados de fortalecimento e mobilidade;
- Orientações sobre calçados, postura, carga de treino e recuperação;
- Acompanhamento psicológico e controle do estresse, quando necessário.
Com um olhar clínico especializado, o fisioterapeuta identifica sinais que passam despercebidos e ajuda o atleta a retomar seu melhor desempenho, com mais segurança e longevidade esportiva.
Segundo o Consenso de Berna de 2022, publicado por especialistas internacionais em fisioterapia esportiva, a prevenção de lesões — especialmente no ombro — deve seguir um modelo baseado em critérios e não apenas no tempo de afastamento. O documento destaca a importância de integrar exercícios específicos de força e controle motor ao treino, evitar aumentos abruptos de carga e considerar o ombro dentro da cadeia cinética do corpo. Essas medidas são particularmente úteis em esportes como vôlei, natação, beisebol e handebol.
Conclusão
As lesões fazem parte da rotina esportiva, mas não precisam ser encaradas como inevitáveis. Com o avanço da ciência, hoje sabemos que a maioria das lesões pode ser prevenida com estratégias bem definidas: fortalecimento muscular, controle de carga, atenção aos fatores psicológicos e acompanhamento profissional contínuo.
Estudos recentes e consensos internacionais, como o Bern Consensus Statement de 2022, reforçam a importância de integrar corpo e mente na prevenção e reabilitação de atletas. Prevenir lesões é uma forma de cuidar do corpo, preservar o desempenho e garantir que o esporte continue sendo uma fonte de saúde, prazer e superação.
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