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A dor na região lombar é uma das queixas mais comuns e, muitas vezes, está relacionada à hérnia de disco. Essa condição, que afeta principalmente adultos entre 30 e 50 anos, pode provocar dor intensa, formigamentos e até fraqueza nas pernas, impactando diretamente a qualidade de vida.
Mas há uma boa notícia: a prática regular de exercícios físicos orientados tem se mostrado uma das abordagens mais eficazes para aliviar a dor, melhorar a função e reduzir a necessidade de cirurgia. Ao contrário do que muitos imaginam, repouso absoluto não é o melhor caminho. O movimento — quando bem conduzido — pode ser um verdadeiro remédio.
Neste artigo, você vai entender o que é a hérnia de disco lombar, como ela afeta o corpo, quais exercícios são indicados e quais devem ser evitados. E mais: vamos te mostrar o que dizem os estudos mais atuais sobre o tema, de forma clara, humanizada e com base na ciência. Continue a leitura para descobrir como o exercício pode ser um aliado poderoso na sua recuperação. Saiba mais.
- O que é hérnia de disco lombar?
- Exercício ajuda mesmo a aliviar a dor da hérnia lombar?
- Tipos de exercícios indicados para hérnia de disco lombar
- Quais exercícios devem ser evitados?
- Como começar a se exercitar com segurança
- Conclusão: movimento é parte da solução
- Como a Fisio Qualivida pode te ajudar
- Referências
O que é hérnia de disco lombar?
Como ela acontece?
A coluna vertebral é formada por ossos (vértebras) separados por estruturas chamadas discos intervertebrais. Esses discos funcionam como amortecedores, permitindo movimentos suaves e protegendo as vértebras contra impactos. Cada disco tem um núcleo gelatinoso no centro (núcleo pulposo) e uma camada externa resistente (ânulo fibroso).
A hérnia de disco ocorre quando o núcleo escapa através de uma fissura na camada externa, comprimindo raízes nervosas próximas. Essa compressão pode causar dor, inflamação e outros sintomas como dormência ou fraqueza.

Segundo um estudo publicado no periódico Frontiers in Physiology (2024), fatores como sedentarismo, sobrepeso e esforço repetitivo contribuem para a degeneração do disco e o surgimento da hérnia lombar. Além disso, a perda de força dos músculos da região lombar, especialmente o músculo multifídio, está associada ao agravamento da condição.
Outro ponto importante é que a hérnia de disco não é exclusiva da idade avançada. Pessoas jovens, especialmente aquelas que passam longos períodos sentadas ou têm hábitos posturais inadequados, também estão em risco. A boa notícia é que, na maioria dos casos, a hérnia lombar pode ser tratada de forma conservadora — ou seja, sem cirurgia — e o exercício tem papel fundamental nessa recuperação.
Principais sintomas
Os sintomas da hérnia de disco lombar podem variar bastante de pessoa para pessoa, dependendo do grau de compressão do nervo e da localização da lesão. O sintoma mais característico é a dor na região lombar, que pode irradiar para os glúteos, a parte de trás das coxas, as pernas e até os pés — um quadro conhecido como “ciatalgia” ou “dor ciática”.
Além da dor, é comum sentir:
- Formigamento ou dormência nas pernas
- Sensação de fraqueza muscular, principalmente ao caminhar ou subir escadas
- Redução da sensibilidade em áreas específicas das pernas ou pés
- Dificuldade para ficar muito tempo em pé ou sentado
- Dor que piora com movimentos como abaixar, tossir ou espirrar
Esses sintomas acontecem porque a hérnia comprime raízes nervosas que saem da medula espinhal e controlam a sensibilidade e a força das pernas.
Segundo diretrizes da North American Spine Society (NASS), a combinação de sintomas neurológicos (como formigamento, dor irradiada e fraqueza) com testes clínicos específicos, como o teste de elevação da perna esticada, ajuda no diagnóstico da hérnia de disco com radiculopatia (Artigo)kreiner2014.
É importante destacar que nem toda hérnia de disco causa dor. Muitas vezes, a condição é detectada por exames de imagem feitos por outros motivos. Por isso, o diagnóstico sempre deve considerar os sintomas e a avaliação clínica, e não apenas o laudo de uma ressonância.
Quando procurar ajuda?
A dor lombar pode ser passageira, mas alguns sinais indicam a necessidade de avaliação profissional com urgência. Você deve procurar um médico ou fisioterapeuta especializado se:
- A dor for intensa e persistir por mais de uma semana
- Houver dor irradiada para a perna, principalmente abaixo do joelho
- Sentir fraqueza ou dificuldade para movimentar a perna ou o pé
- Perceber perda de sensibilidade, dormência ou formigamento constante
- A dor vier acompanhada de febre, perda de peso ou histórico de câncer
- Surgirem alterações no controle da urina ou das fezes — nesse caso, o atendimento deve ser imediato, pois pode indicar compressão grave dos nervos (síndrome da cauda equina)
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a piora do quadro e iniciar o tratamento mais adequado. Em muitos casos, o tratamento conservador com fisioterapia e exercícios personalizados pode trazer grande alívio e evitar a necessidade de cirurgia.

Estudos demonstram que, quando a intervenção é feita no momento certo, os pacientes apresentam melhora significativa da dor e da função, com menor risco de cronificação dos sintomas.
Lembre-se: sentir dor não é normal. E quanto antes você buscar ajuda, maiores são as chances de uma recuperação completa com menos sofrimento.
Exercício ajuda mesmo a aliviar a dor da hérnia lombar?
Sim, e essa afirmação é respaldada por uma robusta base científica. Por muito tempo, o repouso foi considerado essencial para quem sofria com hérnia de disco lombar. Hoje, já se sabe que o movimento — quando bem orientado — é uma das estratégias mais eficazes para controlar a dor, melhorar a função e acelerar a recuperação.
De acordo com uma revisão sistemática publicada no periódico Frontiers in Physiology (2024), o exercício físico tem efeitos positivos sobre três mecanismos envolvidos na hérnia lombar: a compressão mecânica dos nervos, a inflamação local e a resposta imunológica alterada. Ou seja, além de fortalecer a musculatura de suporte da coluna, o exercício também modula processos biológicos que causam dor.
Um dos estudos clínicos mais relevantes sobre o tema foi publicado em 2022 e avaliou os efeitos de um programa de Pilates clínico. Os resultados mostraram que, após 6 semanas de prática supervisionada, houve redução significativa da dor, melhora na flexibilidade, no desempenho físico e na qualidade de vida dos pacientes com hérnia de disco lombar.
Além disso, a prática regular de exercícios ajuda a:
- Prevenir novas crises
- Melhorar o equilíbrio e a postura
- Reduzir o uso de medicamentos
- Prevenir cirurgias desnecessárias
- Combater o medo de se movimentar (cinesiofobia)
Importante: os exercícios devem ser adaptados ao estágio da dor, às limitações individuais e sempre acompanhados por um profissional capacitado, como um fisioterapeuta. O exercício certo, no tempo certo, é um verdadeiro remédio para a coluna.
Benefícios comprovados dos exercícios físicos
A prática regular de exercícios físicos é uma das ferramentas mais eficazes e seguras no tratamento da hérnia de disco lombar. Diferente do que muitos acreditam, manter-se em movimento — com os devidos cuidados — pode ajudar a aliviar a dor, restaurar a função e prevenir futuras crises.
Vários estudos clínicos de alta qualidade reforçam os efeitos positivos dos exercícios. Uma revisão publicada no periódico Medicine (2019), que analisou mais de 3.900 pacientes, concluiu que a fisioterapia ativa, especialmente quando combinada com exercícios de estabilização e reforço muscular, promove redução significativa da dor lombar e da dor irradiada nas pernas, além de melhorar a capacidade funcional dos pacientes.
Entre os principais benefícios do exercício para quem tem hérnia de disco estão:
- Redução da dor lombar e ciática
- Melhora da flexibilidade e da mobilidade da coluna
- Fortalecimento da musculatura profunda (como o transverso do abdome e o multifídio)
- Aumento da estabilidade da coluna lombar
- Redução da inflamação local
- Melhora da circulação e nutrição dos discos intervertebrais
Além disso, o exercício contribui para aspectos emocionais e psicológicos importantes. Em um estudo recente (2024), pacientes que praticaram exercícios orientados relataram melhora no humor, no sono e na qualidade de vida — fatores que também influenciam diretamente na percepção da dor.
É fundamental que o programa de exercícios seja individualizado, levando em consideração o estágio da dor, o grau de limitação e o perfil funcional da pessoa. Exercícios mal executados ou fora do tempo ideal podem agravar os sintomas. Por isso, o acompanhamento com fisioterapeuta especializado é indispensável.
Por que o repouso prolongado pode ser prejudicial?
É natural pensar que, ao sentir dor nas costas, o ideal seja deitar e evitar qualquer esforço. No entanto, diversos estudos mostram que o repouso prolongado pode ser um dos maiores vilões na recuperação da hérnia de disco lombar.
Ficar muitos dias deitado, sem movimentar a coluna, pode levar a uma série de efeitos negativos, como:
- Enfraquecimento da musculatura lombar e abdominal
- Perda de flexibilidade e mobilidade articular
- Redução da circulação sanguínea nos discos
- Aumento da rigidez e da sensação de dor
- Piora do estado emocional, com maior risco de depressão ou ansiedade
Segundo diretrizes internacionais da North American Spine Society (NASS), o repouso absoluto não deve ser recomendado para a maioria dos pacientes com hérnia de disco lombar. Pelo contrário: movimentar-se com segurança e de forma progressiva é essencial para a recuperação.
Além disso, o repouso excessivo favorece um comportamento chamado “evitação por medo da dor” (cinesiofobia), em que o paciente deixa de realizar atividades por receio de se machucar. Isso cria um ciclo vicioso: quanto menos se movimenta, mais dor sente, e mais dependente de medicamentos e exames se torna.
É importante entender que a dor nem sempre significa dano. Em muitos casos, o movimento pode até doer um pouco no início, mas é essencial para reabilitar a coluna, fortalecer a musculatura e restaurar a confiança no próprio corpo.
Com o acompanhamento adequado, é possível retomar as atividades de forma segura, gradual e eficaz.
Tipos de exercícios indicados para hérnia de disco lombar
O segredo do sucesso no tratamento com exercícios está na escolha certa dos movimentos. Diversos estudos apontam quais são os tipos mais eficazes e seguros para quem tem hérnia de disco lombar.

Abaixo, apresentamos os principais tipos com base científica:
1. Pilates clínico
O Pilates tem sido amplamente estudado em pacientes com hérnia lombar. Um estudo de 2022 mostrou que, após 6 semanas de prática, os participantes tiveram redução significativa da dor, melhora da flexibilidade, aumento da resistência dos músculos do tronco e mais qualidade de vida.
2. Exercícios de estabilização lombar
Trabalham o fortalecimento dos músculos profundos do core, como o transverso do abdome e o multifídio. Eles promovem maior controle motor da coluna e ajudam a prevenir recaídas.
3. Caminhada e alongamentos leves
São excelentes para fases iniciais, principalmente quando ainda há dor. Caminhar por 15 a 30 minutos diariamente ajuda na circulação, lubrificação das articulações e regulação do sistema nervoso.
4. Exercícios com bola suíça
Promovem mobilidade, estabilidade e fortalecimento. Um estudo com mais de 270 pacientes mostrou que exercícios com bola, associados a tração lombar, proporcionaram alívio importante da dor e melhora funcional.
5. Yoga e tai chi
Além de melhorar a postura, flexibilidade e respiração, têm efeito sobre o controle da dor e o estresse. Um estudo de 2022 indicou benefícios importantes na dor lombar e na função.
6. Terapias aquáticas
A água reduz o impacto nas articulações e facilita os movimentos, sendo ideal para quem está com muita dor. Também melhora a resistência, a amplitude de movimento e o equilíbrio.
Importante: cada tipo de exercício tem sua indicação de acordo com a fase da dor, o nível funcional da pessoa e seus objetivos. Por isso, o plano deve ser feito sob supervisão fisioterapêutica.
Quais exercícios devem ser evitados?
Apesar de o exercício físico ser essencial no tratamento da hérnia de disco lombar, nem toda atividade é benéfica. Alguns movimentos podem agravar os sintomas, aumentar a compressão dos nervos e até gerar novas lesões se realizados de forma inadequada.
Veja abaixo os tipos de exercícios que devem ser evitados, especialmente sem orientação profissional:
Atividades com impacto ou carga excessiva
- Corrida em piso duro
- Pular corda
- Crossfit sem adaptação
- Levantamento de peso com carga elevada
Essas práticas aumentam a pressão sobre os discos intervertebrais e podem piorar o quadro da hérnia.
Flexões profundas da coluna
- Abdominais tradicionais com flexão total do tronco
- Exercícios de “toque dos pés” em pé ou sentado
- Alongamentos intensos da coluna lombar
Esses movimentos podem aumentar a protrusão do núcleo do disco para fora, agravando a compressão nervosa.
Exercícios sem controle de postura
- Práticas que envolvam torções rápidas do tronco
- Movimentos bruscos e desequilibrados
- Exercícios sem consciência corporal
A má execução e a ausência de controle motor aumentam o risco de sobrecarga na região lesionada.
De acordo com diretrizes internacionais, qualquer exercício deve respeitar os princípios de progressão, segurança e individualização. O ideal é sempre começar com movimentos suaves e supervisionados, adaptados à fase da dor e ao nível funcional da pessoa.
Como começar a se exercitar com segurança
Iniciar um programa de exercícios com hérnia de disco lombar exige cuidado, estratégia e acompanhamento. O primeiro passo é compreender que o objetivo não é “forçar” a coluna, mas sim fortalecer, estabilizar e recuperar a confiança no movimento.
Aqui estão algumas orientações fundamentais para começar de forma segura:
1. Faça uma avaliação fisioterapêutica individual
Antes de iniciar qualquer atividade, procure um fisioterapeuta especializado. Ele irá identificar a origem da dor, o estágio da lesão e eventuais limitações de movimento, montando um plano de exercícios específico para seu caso.
2. Comece com frequência e intensidade baixas
Estudos mostram que sessões de 2 a 3 vezes por semana, com duração entre 30 e 60 minutos, já são suficientes para obter resultados positivos em dor, mobilidade e função.
3. Valorize o controle de postura e a respiração
Durante os exercícios, atenção ao alinhamento da coluna e à ativação dos músculos do core (centro do corpo). Exercícios mal feitos podem aumentar o risco de recidiva.
4. Progrida de forma gradual
Conforme o quadro melhora, é possível incluir exercícios mais desafiadores, como resistência, coordenação e equilíbrio. A progressão deve sempre ser feita com supervisão profissional.
5. Adapte as atividades do dia a dia
Levantar pesos, pegar algo no chão, sentar ou subir escadas: todas essas ações devem ser feitas com técnica, evitando sobrecargas desnecessárias na região lombar.
Iniciar o movimento com segurança é mais importante do que “se exercitar muito”. A regularidade e a técnica correta são os verdadeiros aliados da recuperação.
Quando a cirurgia é necessária?
Na grande maioria dos casos, a hérnia de disco lombar pode ser tratada sem cirurgia. Entretanto, há situações específicas em que a intervenção cirúrgica se torna necessária para evitar danos permanentes.
Segundo uma revisão publicada no periódico Current Reviews in Musculoskeletal Medicine (2017), a cirurgia é indicada principalmente em casos de:
- Dor intensa e persistente que não melhora com fisioterapia, medicamentos e repouso ativo por mais de 6 a 8 semanas
- Fraqueza progressiva na perna ou pé
- Perda do controle da bexiga ou intestino (sinal de alerta para síndrome da cauda equina)
- Compressão severa de raiz nervosa com limitação funcional significativa
Nesses casos, a cirurgia pode aliviar rapidamente a compressão do nervo e evitar sequelas. A técnica mais comum é a microdiscectomia, minimamente invasiva, com bons resultados quando bem indicada.
Ainda assim, estudos mostram que até 80% das pessoas com hérnia lombar conseguem melhora significativa com tratamentos conservadores.
A decisão cirúrgica deve sempre ser compartilhada entre o paciente e a equipe médica, considerando sintomas, exames, histórico de tratamentos prévios e qualidade de vida.
Conclusão: movimento é parte da solução
A hérnia de disco lombar pode ser uma condição dolorosa e limitante, mas não precisa ser um ponto final. Com orientação adequada, é possível controlar a dor, recuperar a função e retomar as atividades do dia a dia com segurança.
E o caminho para isso passa, sobretudo, pelo movimento. Exercícios físicos individualizados, feitos sob a supervisão de profissionais especializados, são aliados poderosos no alívio dos sintomas e na prevenção de novas crises.
Ao contrário do que se acreditava no passado, o repouso absoluto não é o melhor remédio. Hoje, a ciência mostra que o corpo precisa se movimentar para se reequilibrar, fortalecer e cicatrizar.
A fisioterapia moderna oferece recursos baseados em evidências para quem convive com a hérnia lombar. E você não precisa enfrentar essa jornada sozinho.
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Referências
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