Tempo de leitura: 9 minutos
Você já ouviu falar em escoliose? Essa condição afeta a coluna vertebral, causando um desvio lateral que pode variar de leve a grave. Embora seja mais comum na adolescência, a escoliose pode atingir pessoas de todas as idades e, sem o acompanhamento adequado, pode provocar dores crônicas e comprometer a qualidade de vida.
Neste artigo, você vai entender o que é a escoliose, quais são suas principais causas, sintomas e os melhores tratamentos disponíveis. Será que a escoliose tem cura? A fisioterapia pode ajudar? Quando a cirurgia é necessária?
Continue lendo para descobrir tudo sobre essa condição e como lidar com ela da melhor forma possível!
O que é Escoliose?
Escoliose é uma curvatura anormal de um lado para o outro da sua coluna vertebral . Sua coluna vertebral (espinha dorsal) naturalmente tem uma leve curva para frente e para trás. Com escoliose, sua coluna se curva para a esquerda e para a direita em um formato de C ou S.
A maioria dos casos de escoliose é leve, não causa sintomas e não precisa de tratamento. Casos graves podem causar postura irregular, dor e afetar outros sistema, como o respiratório. O tratamento é através da Fisioterapia, com exercícios específicos para cada curvatura, e também pode incluir o uso de colete. Recomenda-se a cirurgia em graus graves.
Quais os tipos de Escoliose?
Quais são os tipos de escoliose?
Existem três tipos de escoliose:
- Idiopática: Este é o tipo mais comum. “Idiopática” significa que a causa é desconhecida. Pesquisas indicam que ela ocorre em famílias e tem um vínculo genético (hereditário).
- Congênita: Esta é uma anormalidade rara da coluna que um profissional de saúde pode detectar no nascimento. Ela ocorre quando as vértebras (os ossos que compõem sua coluna) não se formam como deveriam durante o desenvolvimento embrionário.
- Neuromuscular : Anormalidades nos músculos e nervos que sustentam sua coluna causam esse tipo. Geralmente acontece junto com condições neurológicas (nervosas) ou musculares, como uma lesão, paralisia cerebral , espinha bífida ou distrofia muscular.
Os profissionais de saúde usam nomes diferentes para se referir à escoliose idiopática, de acordo com o momento em que ela é diagnosticada:
- Infantil : Menores de 3 anos.
- Juvenil : de 4 a 10 anos.
- Do adolescente : de 11 a 18 anos.
- Idiopática do adulto : diagnosticada a qualquer momento após os 18 anos, quando o crescimento esquelético está completo.
Escoliose estrutural x Não estrutural
Existem duas categorias gerais de escoliose:
- Escoliose estrutural é de longe a categoria mais comum de escoliose. Ela envolve rotação espinhal além da curvatura lateral da coluna. Esse tipo de escoliose afeta a estrutura da coluna e é considerada permanente, a menos que a coluna receba tratamento.
- Escoliose não estrutural, também conhecida como escoliose funcional, resulta de uma causa temporária e envolve apenas uma curvatura lateral da coluna (sem rotação da coluna). A estrutura da coluna ainda é normal.
Se uma pessoa com escoliose não estrutural se inclinasse para a frente ou se deitasse, a curvatura da escoliose provavelmente desapareceria enquanto ela permanecesse nessa posição.
A escoliose estrutural é normalmente considerada mais séria porque não se endireita sozinha e pode resultar em mais deformidades na coluna.
Localização da Escoliose
A escoliose é caracterizada por uma curvatura lateral da coluna vertebral, que pode ocorrer em diferentes regiões: cervical, torácica, lombar ou em combinação. A localização da curvatura determina não apenas os sintomas, mas também o tipo de intervenção necessária. Por exemplo:
- Torácica: A mais comum, pode afetar a função respiratória devido à proximidade com a caixa torácica.
- Lombar: Frequentemente associada a dores lombares e alterações posturais.
- Cervical: Menos comum, mas pode causar tensão muscular e dores no pescoço.
Entender a localização da curvatura é essencial para um plano de tratamento personalizado e eficaz.
Sintomas e sinais
Quais são os sintomas da escoliose?
A escoliose geralmente não causa sintomas, mas eles podem incluir:
- Dor nas costas .
- Dificuldade em ficar em pé.
- Fraqueza muscular central.
- Dor, dormência ou fraqueza nas pernas.
Quais são os sinais de escoliose?
Os sinais de escoliose podem incluir:
- Ombros desnivelados.
- Escápula mais projetada que outra
- Cabeça que não fica centralizada
- Cintura irregular.
- Um Quadril mais elevado que outro
- Inclinação constante para um lado.
- Comprimento irregular das pernas.
Se você notar algum desses sinais, entre em contato com um Fisioterapeuta
Com o tempo, você pode notar:
- Perda de altura, devido a deformação da coluna.
- Alinhamento desigual da pelve e dos quadris.
Que parte da coluna é afetada pela escoliose?
A escoliose pode afetar qualquer parte da sua coluna. Mas podem existir algumas diferenças de acordo com a idade:
- Adolescentes : A maioria dos casos ocorre na região da coluna torácica.
- Adultos : A principal preocupação é na coluna lombar ou inferior. A coluna lombar é mais suscetível às mudanças vistas com o envelhecimento ou degeneração, o que aumenta sintomas como dor.
Apesar disso, é possível que qualquer parte da coluna seja afetada, seja a torácica, lombar ou os dois.
Quais são as complicações da escoliose?
Sem tratamento, casos graves de escoliose podem levar a:
- Dor duradoura.
- Deformidade física.
- Danos em órgãos.
- Danos nos nervos.
- Artrite.
- Vazamento de fluido espinhal .
- Dificuldade para respirar, devido a compressão pela deformidade.
Como identificar a escoliose?
O primeiro passo de um diagnóstico de escoliose é um teste. Esse teste se chama Teste de Adams. Peça para que alguém da sua confiança veja você por trás, ou você pode se filmar também, através de uma câmera.
- Tire a camisa para ver suas costas.
- Fique em pé, ereto.
- Incline-se para a frente (como se estivesse tocando os dedos dos pés).
Esse teste ajuda a observar sua postura, alinhamento e curvaturas da coluna. Procure um fisioterapeuta para iniciar o tratamento mais adequado.
Esse teste também pode ser feito de forma preventiva para identificar a escoliose em crianças e adolescentes, que, devido ao crescimento, podem apresentar a deformidade na fase de estirão.
Classificação da escoliose pelo grau
O grau da curvatura é feito a partir do ângulo de Cobb, por meio do raiox panorâmico.
Nenhum diagnóstico de escoliose : Menos de 10 graus.
Leve : entre 10 a 24 graus.
Moderada : entre 25 a 39 graus.
Grave : Mais de 40 graus.
Como a Fisioterapia ajuda a Escoliose?
A fisioterapia desempenha um papel essencial no tratamento da escoliose, ajudando a reduzir a progressão do desvio da coluna, aliviar dores e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Por meio de exercícios específicos, técnicas de fortalecimento muscular e correção postural, a fisioterapia atua diretamente na estabilidade da coluna, promovendo maior equilíbrio e funcionalidade.
Os exercícios terapêuticos são fundamentais para fortalecer a musculatura ao redor da coluna, proporcionando suporte e reduzindo a sobrecarga em determinadas áreas. Técnicas como o Método Schroth, Pilates e fortalecimento dos músculos profundos ajudam a corrigir assimetrias, melhorando a postura e prevenindo o agravamento da escoliose. Além disso, a mobilidade da coluna é trabalhada para manter a flexibilidade e evitar rigidez excessiva.
Além dos exercícios, a fisioterapia utiliza recursos como eletroterapia, liberação miofascial e terapia manual para aliviar dores e reduzir tensões musculares causadas pelo desalinhamento da coluna. Essas abordagens ajudam a relaxar músculos sobrecarregados e a ativar os que precisam de maior estímulo, promovendo um melhor alinhamento e equilíbrio corporal.
O acompanhamento fisioterapêutico é essencial para adaptar o tratamento às necessidades individuais de cada paciente. Com um plano personalizado, é possível evitar complicações futuras e melhorar a funcionalidade da coluna no dia a dia. Ao adotar a fisioterapia como parte do tratamento da escoliose, o paciente conquista mais qualidade de vida, reduzindo dores e prevenindo problemas posturais no futuro
Cuide da Sua Escoliose com a Fisio QualiVida – Atendimento Online e Personalizado!
Se você tem escoliose, sente dores na coluna ou deseja melhorar sua postura, a Fisio QualiVida está aqui para te ajudar! Nossa fisioterapeuta qualificada oferece atendimento online, proporcionando um tratamento eficaz e personalizado sem que você precise sair de casa.
Com um plano de reabilitação adaptado às suas necessidades, utilizamos técnicas comprovadas para fortalecer a musculatura da coluna, corrigir assimetrias posturais e aliviar dores. Acompanhamos sua evolução de perto, garantindo resultados reais e duradouros.
Não deixe a escoliose limitar sua qualidade de vida! Quanto antes você começar o tratamento, maiores serão os benefícios para sua coluna e bem-estar. Com a praticidade do atendimento online, você recebe orientações profissionais e exercícios guiados para fazer no conforto do seu lar.
📅 Agende agora mesmo sua avaliação online e dê o primeiro passo para uma coluna mais saudável! 💻🏡 💙
Referências Bibliográficas
ALTAF, Farhaan et al. Adolescent idiopathic scoliosis. Bmj, v. 346, 2013.
BETTANY SALTIKOV, Josette et al. Physiotherapeutic scoliosis-specific exercises for adolescents with idiopathic scoliosis. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine, v. 50, n. 1, p. 111-121, 2014.
BURTON, Monique S. Diagnosis and treatment of adolescent idiopathic scoliosis. Pediatric annals, v. 42, n. 11, p. e233-e237, 2013.
EL-HAWARY, Ron; CHUKWUNYERENWA, Chukwudi. Update on evaluation and treatment of scoliosis. Pediatric Clinics, v. 61, n. 6, p. 1223-1241, 2014.
FAN, Yunli et al. Effectiveness of scoliosis-specific exercises for alleviating adolescent idiopathic scoliosis: a systematic review. BMC musculoskeletal disorders, v. 21, p. 1-13, 2020.
JANICKI, Joseph A.; ALMAN, Benjamin. Scoliosis: Review of diagnosis and treatment. Paediatrics & child health, v. 12, n. 9, p. 771-776, 2007.
LEE, Gyu Bin; PRIEFER, David T.; PRIEFER, Ronny. Scoliosis: causes and treatments. Adolescents, v. 2, n. 2, p. 220-234, 2022.
MACKEL, Charles E. et al. A comprehensive review of the diagnosis and management of congenital scoliosis. Child’s Nervous System, v. 34, p. 2155-2171, 2018.
NEGRINI, Stefano et al. 2016 SOSORT guidelines: orthopaedic and rehabilitation treatment of idiopathic scoliosis during growth. Scoliosis and spinal disorders, v. 13, p. 1-48, 2018.
TROBISCH, Per; SUESS, Olaf; SCHWAB, Frank. Idiopathic scoliosis. Deutsches Ärzteblatt International, v. 107, n. 49, p. 875, 2010.
VIALLE, R.; THÉVENIN-LEMOINE, C.; MARY, P. Neuromuscular scoliosis. Orthopaedics & Traumatology: Surgery & Research, v. 99, n. 1, p. S124-S139, 2013.
